No que diz respeito a Quincas Borba, as análises mais recentes tendem a centrar sua atenção sobre a trajetória social do personagem central, Rubião, o que possibilita valorizar adequadamente a minuciosa e profunda, se bem que sutil, descrição que Machado de Assis faz da sociedade brasileira do II Império e, de forma mais específica, da sociedade do Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. Deixando de lado ou reduzindo em importância questões que haviam se tornado verdadeiros lugares-comuns em qualquer discussão sobre o romance - como, por exemplo, o pessimismo do autor/narrador, os princípios filosóficos de Quincas Borba e a maldade de Sofia -, modernamente procura-se mostrar que a valorização exacerbada de certos elementos extraídos do contexto geral da obra leva a verdadeiras armadilhas teóricas que se estendem indefinidamente, não dão resultados concretos e, pior, desviam a atenção dos temas verdadeiramente essenciais.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Legal sua obra, e visto que, ficou bem claro as características desta,nos proporcionando conhecê-la bem!
Postar um comentário